Por Paula Janay Alves
Canteiro de obras da fábrica da Basf em Camaçari: multinacional está investindo R$ 1,2 bi na Bahia |
Apesar dos gargalos, o setor industrial da Bahia vai ganhar fôlego novo em 2014. Pelo menos 19 empreendimentos entrarão em operação este ano, dentre eles o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, em Maragojipe, o Parque Eólico Curva dos Ventos, em Igaporã e Caetité, e a fábrica do grupo O Boticário, em Camaçari.
Também em 2014 serão concluídas as obras da montadora JAC Motors, o polo acrílico da Basf e a nova fábrica de motores da Ford.
Os maiores impactos na economia só serão sentidos a partir de 2015, quando as produções da Basf e a JAC Motors começarem, mas os efeitos imediatos com os investimentos na indústria da construção, contratação e treinamento de pessoal e montagens de equipamentos já começaram no ano passado e continuam em 2014.
Os maiores impactos na economia só serão sentidos a partir de 2015, quando as produções da Basf e a JAC Motors começarem, mas os efeitos imediatos com os investimentos na indústria da construção, contratação e treinamento de pessoal e montagens de equipamentos já começaram no ano passado e continuam em 2014.
Segundo o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Reinaldo Sampaio, a expectativa para 2014 é positiva. "Estamos convencidos que o PIB do Estado continuará avançando além da média do crescimento brasileiro, especificamente o PIB industrial", afirmou.
A fábrica do Grupo O Boticário entra em operação em junho. A capacidade de produção é de 30 milhões de itens de perfumaria e cuidados pessoais por ano. Ao todo, o grupo está investindo R$ 535 milhões na Bahia - R$ 380 milhões na fábrica e R$ 155 milhões em um centro de distribuição em São Gonçalo dos Campos.
Megaprojeto
Quem passou pela Via Parafuso em setembro passado e viu o transporte dos dois reatores de mais de 300 toneladas pôde ter uma ideia da dimensão do complexo acrílico da Basf, ainda em construção em Camaçari.
Segundo o vice-presidente do Projeto Complexo Acrílico Basf, Willi Nass, atualmente a fábrica já emprega mais de 3 mil trabalhadores em sua construção. "Nós já estamos causando um impacto positivo na economia baiana. Estamos contratando empresas, principalmente de construção civil. Todas 100% baianas", afirma Nass.
Em 2014, a fábrica estará em fase de término das construções e início da montagem mecânica e elétrica. Após a finalização, mais de 230 empregos diretos e 600 indiretos serão gerados. A produção comercial começa em 2015.
Com investimento de R$ 1,2 bilhão (R$ 300 milhões só em 2014), a Basf irá produzir 200 mil toneladas de ácido acrílico por ano. O faturamento previsto é de US$ 300 milhões por ano. "Vamos reduzir as importações que o Brasil faz hoje. Serão menos US$ 200 milhões de importação, que é muito importante na balança comercial", afirma Nass.
A influência na balança comercial se deve à fabricação de superabsorventes, atualmente importado pelas indústrias que utilizam o material para produzir itens como fraldas descartáveis. Além disso, espera-se um aumento de US$ 100 milhões no volume de exportações.
Ainda para a instalação do polo acrílico, foi necessário um investimento de R$ 50 milhões da Braskem, que vai fornecer 100 mil toneladas por ano do propeno, fabricado pela empresa e utilizado como matéria-prima pela Basf.
Automóveis
Com investimento de R$ 1 bilhão, a fábrica da JAC Motors começa a nascer também em 2014. Com a terraplanagem quase finalizada, a estimativa é que a fase de construção civil se inicie, o que vai gerar mais empregos no setor.
Com a planta em operação mais de 3,5 mil empregos diretos e 10 mil indiretos serão gerados. Apesar de só ser inaugurada completamente em 2015, o primeiro carro baiano será lançado em 2014. A produção pode chegar a 80 mil veículos de passeio e 15 mil caminhões.
Já em construção, a nova fábrica de motores da Ford demandou um investimento de R$ 400 milhões e tem previsão de ficar pronta em 2014. A capacidade de produção é de 210 mil motores por ano.
Com os novos projetos, o desafio do Estado agora é melhorar e modernizar a infraestrutura, principalmente portos, rodovias e ferrovias, segundo os empresários.
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