sexta-feira, 27 de junho de 2014

DESENLACE DA ALMA

Antes da inércia na frieza da cova escura,
     Já sei da morte como passagem natural;
        Cuido da melhoria da alma ainda impura;
             O umbral faz parte do meu avanço moral.
 
             No ensaio diário de minha morte carnal,
        Entrevejo em sonho uma vida de ventura;
    A certeza da alma em sua vida espiritual;
O voo da vida real numa elevada altura.
 
A morte, assim, poderá ser boa ou ruim,
     Conforme o estado de desenlace da alma;
            Se ela cultiva o amor, o bem, será calma;
 
            Um anjo poderá recebê-la tocando clarim;
      Se ela cultiva o ódio, o mal, será incalma;
Mas Deus destina à alma o paraíso, enfim!
 
Escritor Adilson Fontoura





Nenhum comentário:

Postar um comentário