Antes da inércia na frieza da cova escura,
Já sei da morte como passagem
natural;
Cuido da melhoria da alma
ainda impura;
O umbral faz parte do
meu avanço moral.
No ensaio diário de
minha morte carnal,
Entrevejo em sonho uma
vida de ventura;
A certeza da alma em sua vida
espiritual;
O voo da vida real numa elevada altura.
A morte, assim, poderá ser boa ou ruim,
Conforme o estado de desenlace da alma;
Se ela
cultiva o amor, o bem, será calma;
Um anjo poderá recebê-la tocando clarim;
Se ela cultiva o ódio, o
mal, será incalma;
Mas Deus destina à alma o paraíso, enfim!
Escritor Adilson Fontoura
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