Para amar-te,
não preciso dizer-te que te amo!
Basta olhar-me em meus
olhos enamorados, para
retirar deles o amor real
que sinto por você.
Na luz sublime do meu amor,
você se nutre das energias amorosas,
depurando-se em bem-estar
espiritual; elevando-se em pureza
consciencial; imergindo
em meu interior benévolo,
para dele retirar os nutrientes
sentimentais tão virtuosos
aos nossos intentos depurativos.
Para amar-te, dispenso as palavras
sedutoras, pois apenas quero
olhar penetrando em seus olhos,
para por neles a beleza amorosa
que retiro do sorriso solar;
e assim amando-te pela luz
do sol, posso iluminar-te
com o belo amoroso de Deus,
que emerge das nuvens
pacíficas de minha alma
sintonizada com o seu
tão sincero amor.
E por querer amar-te sempre,
faço morada contínua em teu doce
coração; irrigando-o com
a fertilidade do meu solo amoroso;
e você, tão bela com a alma florida,
gera frutos saborosos, semeando-os
em nossos passos repletos de nossas
boas intenções afetivas; tão unidos,
trilhamos pelas veredas edificadas,
que nos harmonizam em nossas
satisfações emocionais.
Mas também quero sentir você,
penetrando-lhe com delicadeza
no ninho dos nossos sonhos amorosos;
porque é muito mais delicioso
o nosso interagir amoroso onírico;
no sentir fluídico dos prazeres espirituais;
sentindo a leveza das nossas almas
excitadas com a cumplicidade afetiva,
que produz o clímax do gozo espiritual.
Entretanto, se ainda assim você
me pedir para dizer-te o quanto
te amo, deixarei de vivenciar
por alguns instantes em seus olhos
tão fascinantes, o bem amoroso
que eles fazem ao meu contente
coração. E mesmo diante da miragem
fértil do nosso oásis sonhador,
vamos beber juntos o doce sentimento
do nosso amor; saciando a nossa sede
de amar-nos, curtindo não só, os nossos
prazeres amorosos oníricos, mas a boa
vontade de dizermos o quanto nos amamos
em nossa tão singular realidade sentimental!
Escritor Adilson Fontoura
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