quarta-feira, 22 de outubro de 2014

ALMA LEVE


Componho sempre
com a alma leve,
como a água
nas nuvens vaporosas;
bem sei que a vida
carnal é tão breve...
Ó, almas, cuidem
em ser espirituosas!
Que a leveza da poesia
em mim conserve,
as energias fluídicas
das almas dadivosas;
em cada instante
poético de minha verve,
sinto o êxtase criador
das artes caprichosas.
Sem a leveza das nuvens
em minha poesia, como
beber da água que
despeja versos chuvosos?
Como posso revertê-la
em pesadas nuvens
sombrias, para que,
nos versos, jorre Deus,
os seus poderes aquosos?
Decerto, dependo da alma
leve, para sentir o influxo
poético inspirador.
Porquanto, não se faz
poesia, sentindo o peso
do vaso corpóreo,
mas sentindo a leveza
do espírito criador!
 
Escritor Adilson Fontoura
 









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