Quase sempre a poesia
flui em mim tão leve,
que não me sinto compondo
enquanto ser carnal;
sentir o êxtase criativo
de minha alma que escreve,
é como flutuar em perispírito
sobre lã de nuvem astral.
Algumas vezes, sinto
a presença de outros eus
em visita breve, que me
assessoram nesses instantes
de inspiração transcendental;
outras vezes me vejo voando
em sonho como alma alada
ultraleve, na companhia
de outros seres alados,
aportando em alguma
hospitaleira colônia espiritual.
Quase sempre, quando o vaso
carnal repousa no sono
reparador, é comum desdobrar-me
perispiritualmente, para reunir-me
com os poetas ancestrais;
são dessas reuniões espirituais,
decerto, que brotam motivos
inspiradores, para que o poeta-
escritor possa compor pérolas
poéticas já acumuladas
em suas verves conscienciais.
Desse modo, a minha inspiração
poética provém, quase sempre,
desses edificantes passeios
oníricos, onde absorvo dos poetas
ancestrais, a habilidade literária
já reunida na eternidade
de suas sabedorias intelectuais.
Escritor Adilson Fontoura
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