quinta-feira, 16 de outubro de 2014

POEMA CONFESSIONAL


Para Jormeire Silva,
a minha abençoada varoa!

Ah, meu amor,
nós dois aqui,
nesse recanto
ajardinado,
trocando abraços,
carícias e beijos;
no cair da tarde
amena, curtindo
o nosso amor
sem pranto;
festejando
a nossa alegria
em amorosos
mútuos desejos.
Mas tão contente,
choro no teu colo,
por te amar tanto,
que você, tão
sorridente, ocupa-se
em distrair-me com
meigos gracejos;
depois, acariciando
o meu rosto, você
diz que também
me ama, deixando
cair, tão emotiva,
o teu meloso choro,
tão fértil de encanto;
são os nossos rios
lacrimosos nos unindo
cada vez mais em
perenes sentimentais
lampejos. O tempo
que ficamos um
sem o outro, não
enfraqueceu o nosso
amor; e não foi
tanto tempo assim,
considerando a nossa
imensa vontade
de doação amorosa;
conquanto, o nosso
amor já é tão rico
de afinidades virtuosas
que, cada precioso
instante do nosso
amar, simboliza em
nós, o eterno amor,
que tem por todos
nós, O Criador!
Só nós dois e Deus
sabemos, o quão
intenso sentimento
de afeição profunda,
temos um pelo outro,
como se já estivéssemos
antecipando a sensação
inefável de eternidade
afetiva das nossas almas,
em nossas presentes
vidas carnais. Apesar
da distância física
que nos separou durante
muitos anos, decerto,
espiritualmente, sempre
estivemos bem
vinculados, bem juntos
um do outro; e agora,
segundo a Vontade
de Deus e as nossas
vontades, Deus permite
que os nossos corpos
físicos se unam
amorosamente,
para que possamos
aprimorar moralmente
o nosso amor espiritual,
mediante a unidade
harmônica cósmica
que eleva as nossas
almas afinizadas com
os intentos sublimes
de nossa melhoria
evolutiva. Assim
é o nosso amar, meu
amor, tão unitivo
e tão eterno, quanto
a própria eternidade
espiritual que, no porvir,
nos espera.
 
Escritor Adilson Fontoura
 


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