em seu existir finito,
jamais me sinto morrer;
a alma eterna e forte
existe no cosmo infinito,
morre, para após renascer.
Há na morte o vazio,
pela inércia tumular
da vida carnal extinta;
livre do cárcere sombrio
a alma revive o seu voejar;
do corpo morto ela volita.
Não temo o meu morrer;
não sinto o que morre
que a terra há de comer;
sinto sim o meu reviver
do que em mim não morre,
em cada novo alvorecer.
Da morte a alma levita
tamanha leveza espiritual;
almeja a sua vida bendita
nalguma colônia astral;
não pensa na vida extinta
mediante a morte carnal.
Revivo a cada novo morrer
nunca temo o meu porvir;
dá-me, razão, o eterno saber
em meu contínuo evoluir;
ó morte, para que te temer?
Doa-me a vida que há de vir!
Escritor Adilson Fontoura
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