Já no limiar da fase adulta, Flora tinha desistido de
estudar. Não tinha vontade tampouco paciência pra contar ano de estudo. Por insistência dos pais, repetindo ano, ela
conseguiu concluir até o ensino fundamental. Filha única, os pais queriam vê-la
formada em alguma profissão. Quem sabe, ela poderia ser uma professora, uma
atividade digna e bem adequada para uma mulher.
No entanto, para desgosto deles, ela não quis mais
saber de estudar. Preferiu experimentar curtir a vida. Viver algumas aventuras
excitantes. Vivenciar logo cedo os vícios mundanos. Aprendeu a fumar, a beber,
a sair pra gandaia com as amigas; a compartilhar de orgias com os amigos, onde
rolavam droga, namoro, sexo, e mais alguns desregramentos da vida libertina.
De nada adiantava o conselho dos pais, alertando-a do
perigo a que se expunha levando aquela vida errante, irresponsável, sem
preocupar-se com o seu porvir de vida. Não tinha hora certa pra chegar em casa.
Às vezes, tinha dia que nem chegava. E quando chegava, após um ou dois dias de
ausência do convívio doméstico, os pais não a reconheciam; magra, abatida e
mal-humorada, não lhes dizia nada; apenas trancava-se no quarto e dormia,
dormia, dormia bastante; depois acordava com muita fome; vendo-a com uma
aparência melhor, os pais tentavam uma conversa com ela, mas em vão; só lhes
dizia que estava bem, que não se preocupasse com ela. Com as energias refeitas,
Flora pegava a mochila, dava um tchau a eles e estava pronta de novo pra vida
de aventura.
No vigor da juventude, tão bonita e sensual, a
despeito da vida imprópria que levava, contrária as normas de boa conduta, a
manceba se entregava intensamente aos prazeres viciosos do mundo imoral. Os
pais não tinham condições de dar a ela uma vida de luxo. Mas desejariam que ela
vivesse de uma forma honesta. Mesmo não querendo mais estudar, mas que trabalhasse
em algum emprego prático, que lhe desse uma condição restrita, porém, digna de
sobrevivência.
Preferindo viver na vadiagem, a jovem relapsa, pra
sobreviver, prestava alguns serviços amorosos a homens com certa condição
econômica; em troca, adquiria o seu sustento; assim, ajudava em casa nas
despesas, além de suprir as suas necessidades pessoais cheias de extravagâncias
fúteis. Nesses compromissos de comerciar o próprio corpo, bem que ela achou um
ou outro homem disposto a aproveitá-la, para colocá-la por conta, ou até mesmo
para uma convivência estável que lhe proporcionasse uma vida decente em
família, com casa, filhos e marido pra cuidar. Pra quem vivia
desvalorizando-se, até que não seria ruim. Poderia ser mesmo por aí, a forma
sensata de reorganizar a sua vida incerta.
Em sua luta existencial instável, ela parecia não
perceber que em pouco tempo, o desgaste físico, o envelhecimento precoce seria
inevitável. Todavia, Flora, sentindo-se ainda vigorosa e tão vaidosa, valia-se
dos seus belos atributos carnais, bastando somente embelezar-se com maquiagem,
roupas e acessórios, para seduzir os homens com encontros em horários marcados
pelo celular, de dia ou de noite, comprazendo-se assim, com o tipo de vida que
escolheu pra sobreviver.
Os pais já sabiam que ela vendia o corpo pra se
sustentar e poder também ajudá-los. Claro que eles não se sentiam bem vendo a
única filha se expor daquela forma inadequada e imoral. Sentiam-se mesmo
envergonhados. Eventualmente, carros, motos, paravam próximo da casa. E ficavam
ali à espera dela sair, bem vestida, com roupas justas e chamativas, toda
linda, cheirosa e gostosa, esbanjando charme, elegância, e sensualidade.
Transcorridos dez anos, Flora estava com trinta anos.
Continuava bela, apesar de já mostrar os primeiros sinais exaustivos, visíveis
em seu rosto moreno, através das rugas e olheiras, que ela tentava disfarçar
com maquiagem. Com o dinheiro que ganhou durante esse período, conseguiu
reformar a casa dos pais, trocando também todos os móveis. Os pais, embora jamais
tenham aprovado o modo como a filha ganhava dinheiro, entretanto, lhes
agradeceu pelo esforço que fez em dar-lhes um melhor conforto de vida. Além
disso, Flora conseguiu também juntar algum dinheiro, que estava guardado na
caderneta de poupança. Precavendo-se assim, de algum imprevisto que pudesse
ocorrer em sua vida e na vida de seus pais, que já eram idosos, de parcos
recursos, e apenas o pai era aposentado como trabalhador rural.
Agora mais madura, fruto das experiências que
vivenciou na vida mundana, já não se expunha tanto nos desregramentos.
Selecionou mais as amizades. Afastou-se das farras e orgias. Mas não se
desligou da atividade que lhe dava o pão de cada dia. Também não fazia programa
com a mesma frequência de há dez anos. Aos poucos a idade estava chegando e ela
precisava poupar-se e continuar economizando, para quem sabe, montar algum
negócio visando garantir o seu futuro de vida.
E assim ela ia vivendo, se arriscando menos, mas sem
deixar de ganhar a vida como garota de programa. Certa noite, o cliente a havia
deixado bem perto de casa. Ela fazia questão que fosse assim, evitando a língua
ferina dos vizinhos, além de não constranger os pais, que não concordavam com o
seu modo indecente de sustentar-se. Por outro lado, eles não reclamavam mais
acerca de sua atividade. Afinal, se melhoraram de vida, foi por causa de seu
valioso auxílio. Ao entrar em casa sentiu sede. Depois que bebeu a água, um
forte enjoo quase a fazia vomitar. Pensou: o que seria aquilo? Decerto era
porque o estômago estava vazio. Quis comer alguma coisa, mas desistiu. Sentia
muito sono. Preferiu dormir.
No outro dia, acordou com fome, mas o enjoo não
passou. Tomou o café da manhã. Sentiu-se um pouco melhor. Aquela sensação
nauseante começava a lhe preocupar. De repente, lembrou que a menstruação
estava atrasada. Seria uma gravidez? Mas ela sempre tomava as devidas
precauções. Temia a gravidez indesejada. Sempre usou camisinha desde quando se
iniciou na vida sexual. Por isso, achava que não devia ser gravidez; talvez a
causa do enjoo fosse uma verminose, quem sabe, tinha que fazer exames...
Os clientes, praticamente os mesmos, ligavam, querendo
os seus serviços profissionais. Flora, no entanto, alegando indisposição pedia
a compreensão deles, lhes dizendo que ficaria uns dias sem exercer a atividade.
Foi ao médico, que lhe passou uma bateria de exames. Tudo foi encaminhado no
laboratório. Em poucos dias ela saberia como estava de saúde. Em casa,
desfrutando daquele descanso repentino, até que não era ruim. Pôde ficar mais
com os pais, que sentiam muito a sua falta, recebendo deles todo o apoio, todo
o carinho, todo o amor que ela, naquele momento, necessitava. Amava-os muito.
Se o que fazia não era do agrado deles, também não os culpava de nada, tampouco
se culpava. Só queria, a seu modo, ajudá-los. Ainda que fosse daquele jeito,
inadequado para eles. A vida é assim mesmo. Cada um escolhe como quer viver.
Hoje, vive-se de um jeito. Amanhã, vive-se de outro jeito. O aprendizado é
constante. Não era religiosa praticante, mas cria em Deus e orava sempre que
tinha vontade pedindo ao Altíssimo, a suprema bênção, proteção e iluminação.
Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra, disse Jesus. Quem não peca de
um jeito, peca de outro jeito. Somos todos pecadores. Cabe a cada um, segundo a
sua capacidade de escolha, seguir por um caminho melhor, corrigindo os erros
cometidos. Se o momento dela corrigir os próprios erros, fosse a partir de uma
nova situação existencial, fazendo-a mudar os hábitos de vida, que a vontade de
Deus se cumprisse junto com a sua vontade.
Um tanto apreensiva pelo resultado dos exames, achava
que seria bem melhor receber a notícia de uma gravidez imprevista, do que a
fatalidade de uma doença grave. Relembrando a sua rotina com os clientes, tinha
um que gostava muito dela. E até lhe propôs mais de uma vez, que se quisesse,
poderia conviver com ele. Chamava-se Thomaz. Era alemão. Estava no Brasil há
dois anos. Dono de uma pousada em Barra Grande, na península de Maraú, apesar
de já ter ficado com várias mulheres brasileiras, mas tinha uma singular
admiração por ela. Não sabia explicar-lhe o motivo. Podia ser amor, paixão,
afinidade espiritual, ou todos esses sentimentos juntos. Há um ano quando veio
à Itabuna, um amigo lhe passou um número de celular, dizendo tratar-se de uma
mulher especial, mesmo sendo uma garota de programa, valendo assim, a pena
conhecê-la. Desde então, Flora já tinha tido pelo menos uma meia dúzia de
encontros com ele. O último tinha sido a mais ou menos um mês e pouco, quando
ele veio à cidade fazer compras, e, claro, com saudades dela, ter mais uma
oportunidade de entregarem-se juntos por algumas horas a deliciosos momentos de
prazeres amorosos. Foi aí que ela se lembrou de que, no último encontro, ele
pediu-lhe pra transar sem camisinha. Não costumava ceder a esse tipo de pedido.
Tinha medo de o cliente gozar dentro dela. Além disso, ela sabia que,
precavendo-se, estaria evitando DST e gravidez. De todos os seus clientes, ela
também parecia sentir por aquele gringo, uma afeição que ia além do contato
carnal. Recentemente, ele tinha renovado o pedido pra que ela aceitasse ir
morar com ele. Apesar dela ter gostado do que ouviu, não deixou que a sua
alegria se transparecesse. Tinha dúvida se ele realmente, devido à sua condição
de mulher que fazia vida, estaria sendo sincero de aproveitá-la pra ser a sua
companheira. E pensava: o futuro a Deus pertence! O que tiver de ser será!
Flora hesitou um pouco, porém, o alemão pediu-lhe com
tanto carinho que ela cedeu à sua vontade, advertindo-lhe, no entanto, que
gozasse fora dela. E assim ele fez. Nesse caso, não haveria perigo dela
engravidar. Ou haveria? Se fosse gravidez, pensava: adoraria ter um filho do
gringo, mesmo se, um dia, ele soubesse e não acreditasse que fosse dele.
Rejeitando-a e o filho. Ainda assim, o criaria com muito amor. Foi ao
laboratório no dia marcado. Pegou os exames. Dois dias depois, foi consultar-se
com o mesmo médico. Aguardando ser chamada na saleta de espera, ela se
impacientava com as mãos trêmulas e o suor frio lhe escorrendo na face morena.
Flora era uma bela mulata. Costumava ser observada
pelas pessoas quando chegava aos ambientes pelos seus belos atributos
femininos. Nem a vida viciosa dos primeiros anos da fase adulta e depois a
opção por ser uma garota de programa, desfez a sua beleza ainda tão jovial.
Enfim, a secretária lhe avisou que podia entrar. Depois dos cumprimentos, o
médico tratou logo de abrir os exames. Aqueles breves momentos lhe pareceram
uma eternidade. Após analisá-los, o médico, olhando-a com ar risonho, foi-lhe
informando que os exames não tinham nada de grave; que a causa do enjoo, podia
ser sim a ameba, mas que um simples remédio de verme resolvia o problema; por
outro lado, achava que o enjoo inesperado era porque ela estava grávida. Em
rápido instante, o rosto pálido da mulata, ruborizou-se. Abriu-se num lindo
sorriso de alegria. O médico apenas lhe acresceu que dali pra frente, ela devia
procurar um especialista em obstetrícia para acompanhar a sua gravidez.
Flora saiu do consultório médico radiante de
felicidade. Enquanto andava de volta pra casa, ia pensando em sua nova situação
de vida. Sim, ela estava grávida, e mesmo sendo uma gravidez imprevista e sem
ela saber quem era o pai, certamente pressentia que algo de bom, de edificante
estava prestes a ocorrer em sua vida, mudando-a para melhor. Quanto ao pai,
tinha quase certeza que o gringo a engravidou, mesmo não ejaculando dentro
dela. Afinal, isso seria possível? Uma situação incomum que nunca tinha
ocorrido com ela, até aquele dia que o alemão pediu-lhe pra transar sem a
camisinha... Mas isso não tinha importância agora; importava que estivesse bem
de saúde; e o que ela queria mesmo era curtir a sua gravidez. Ah, se fosse ele,
o pai do seu filho! Ela ia andando e imaginando o filho branquinho e de olhos
azuis em seu colo ou no carrinho de bebê; e, ao seu lado, o pai, o Thomaz, o
gringo, o alemão, o amor de sua vida, o homem com quem ela queria conviver pra
sempre. Talvez essa convivência fosse um sonho que poderia ou não ser
realizado. O futuro dirá. A Thomaz, depois que o seu filho nascesse, se
houvesse oportunidade, ela lhe falaria sobre essa bênção em sua vida. Aos
outros clientes não havia essa necessidade. Na verdade, ela não sabia mesmo
quem era o pai de seu filho. Por esse motivo, não seria oportuno, falar aos
clientes que tinha engravidado. Quando fossem ligando, inventaria outra coisa;
diria que resolveu descansar um pouco; e talvez, quem sabe, montaria algum
negócio pra ela; de uma coisa ela já tinha certeza: nunca mais voltaria a ser
garota de programa. Por intuição feminina, foi planejando a sua vida de forma
prática. Não foi em vão que ela vivenciou as suas extravagâncias; visto que,
também aprendeu a lutar durante esses longos dez anos. Além de ajudar os pais,
também economizou pra ela. E agora estava na hora de se preparar para vivenciar
uma nova etapa em sua vida.
Chegando em casa falou aos pais da novidade, que
ficaram bastante contentes com a possibilidade de ganharem o primeiro netinho.
À medida que os clientes ligavam, ela ia os dispensando, até mesmo Thomaz, que
ligou várias vezes, inconformado por não poder mais vê-la. Pelo menos, ao
gringo, ela lhe contaria o real motivo de sua mudança de vida no momento
apropriado.
Seis meses se passaram. Flora estava sendo bem
acompanhada pela obstetra. Tudo estava bem com ela e com os bebês. Sim, porque
a ultrassonografia revelou que ela ia ter um casal de gêmeos. A futura mamãe
não se cabia de tanta felicidade. Claro que o enxoval só começou a ser feito,
após o resultado da ultrassonografia. Trata-se de um procedimento normal
mediante o auxílio da tecnologia, pra se saber previamente o sexo do bebê.
Nesse caso, ao invés de Flora ocupar-se com a compra de um enxoval, fosse pra
menino ou menina, comprou com convicção, dois enxovais, concernentes aos dois
sexos.
Durante a gravidez, Flora alimentou-se adequadamente,
conforme o critério estabelecido pela obstetra. Assim, ela não engordou em
demasia. Fazia pequenas caminhadas. Distraia-se com leituras edificantes à sua
alma. Ia à missa aos domingos. Passou a orar com mais regularidade. Entendia
que esse era um momento relevante em sua vida; e que por isso, devia
aproximar-se mais do Criador, para confessar-lhe as suas faltas, prometendo-lhe
que, daquela nova etapa de sua vida em diante, ela não só, se preocuparia em
corrigir os seus erros, mas também buscaria levar uma vida honesta, digna,
segundo as boas regras de conduta moral.
Por fim, Flora entrou no último mês da gravidez. A sua
expectativa já era grande pela chegada do casal de gêmeos. Pelo último exame
que fez com a obstetra, esta lhe avisou que o parto tinha tudo pra ser normal.
Certa noite, de madrugada, ela acordou suando muito. Começou a sentir as
primeiras contrações. Chamou pela mãe, que não demorou a acordar, vindo ver o
estado da filha. Em casa, estava tudo pronto e adequado para a chegada dos
gêmeos. De manhã cedo, pediu à mãe que chamasse um táxi para levá-las à
maternidade. Eram pouco mais de duas horas da tarde, quando Flora deu à luz a
dois lindos e saudáveis bebês.
Na semana que os gêmeos completariam um ano de vida,
Flora achou que estava na hora de fazer uma surpresa pra Thomaz. Convidou-o pra
comemoração do primeiro ano de aniversário dos seus dois filhos. Explicou-lhe
que tinha tido um casal de gêmeos. E que foi esse o motivo pelo qual ela havia
não só, se afastado, mas desistido pra sempre de ser garota de programa. Flora
estava muito feliz. O seu lar estava repleto de convidados. As crianças, em
alegre algazarra, curtiam desinibidas as celebrações dos primeiros aninhos de
vida dos seus queridos e amados gêmeos. Thomaz ainda não tinha chegado. E ela o
aguardava com muita ansiedade, porque queria que todos cantassem os parabéns
com a presença dele.
Em dado momento, um carro parou à frente da casa.
Flora deixou os seus pais olhando os netinhos, que estavam sentados próximo à
mesa sobre duas cadeirinhas altas, rodeados pelas outras crianças, e foi ao
encontro de quem ela já sabia quem era com o coração aos pulos de tão contente.
Thomaz apeou do carro, e, tão sorridente, foi logo abraçando-a; e sem demora,
os dois se beijaram apaixonadamente. Quando entraram na casa, abraçados, os
convidados bateram palmas saudando o tão feliz casal. Agora sim, os parabéns
aos aniversariantes, já podia ser cantado. Em dado tempo da festa, Flora
apresentou Thomaz aos seus pais, como sendo o seu namorado. Depois de
abraçá-los, o gringo gostou tanto do que ouviu que reforçou o que a sua amada
havia dito, confirmando que aquele namoro em pouco tempo, seria acrescido de
noivado e futuro casamento. Os pais de Flora, custando a crer no que viam, ante
a possibilidade concreta de verem a filha casada, ainda mais com um
estrangeiro, não se cabiam de tão felizes.
Finalmente, o momento tão esperado para Flora: o de
apresentar os gêmeos para aquele que, possivelmente, era o pai biológico.
Pegou-o carinhosamente pela mão, e o trouxe para bem perto dos pequenos.
Quarentão, Thomaz havia se casado na Alemanha, mas estava divorciado. Não tinha
filhos. Apaixonado pelo Brasil resolveu aventurar-se, tentar a sorte no país
tropical. Tão emocionado, ele pegou o menino e ficou a admirá-lo, dizendo que
parecia muito com ele, pela cor branca e pelos olhos azuis da criança. Depois,
pegou a menina com a mesma emoção, dizendo que, pela cor morena e pelos seus
olhos castanhos, parecia muito com a mãe. E olhando tão apaixonado para a
amada, lhe perguntou se já os havia registrado? Ela, com muita emoção, lhe
respondeu que ainda não tinha feito isso, porque estava esperando o momento
adequado para apresentá-los a quem ela escolheu para ser o seu esposo e o pai
dos seus filhos, melhor dizendo, dos nossos filhos. E a família recém-formada
ficou ali, reunida e abraçada, desfrutando daqueles momentos de harmonia
afetiva que, certamente, muitos outros seriam vivenciados da mesma forma, bem
felizes e duradouros.
Escritor
Adilson Fontoura
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