Escritor Adilson Fontoura
Creio que, o que mais temos feito em nossas vidas carnais efêmeras e espirituais eternas, é doarmos e recebermos espontaneamente os conhecimentos diversos, que cada um vai absorvendo conforme as suas necessidades de aprendizagem e alcance de compreensão. Sabemos que nem todos estão num mesmo nível evolutivo, a despeito de ainda estarmos vivenciando as nossas inferioridades morais, porque o que prevalece é o respeito à vontade de cada um, é a predisposição que cada um demonstra em querer ter acesso ao conhecimento das coisas, a partir do aprendizado introspectivo, da troca de ideias saudáveis virtuais ou pessoais, da boa vontade em estudar, pesquisar, ler, escrever, interagir afetivamente com a consciência sintonizada nos valores e bens morais, que vão nos proporcionar a nossa reforma íntima gradual, tão relevante e tão indispensável ao nosso porvir evolutivo promissor como seres espirituais eternos. Mesmo que muitos de nós, em nível de humanidade, ainda usemos o conhecimento adquirido, não pro bem, mas, pro mal de si e do próximo; mesmo que, ainda não nos livramos radicalmente do mal que tanto nos incomoda, insistindo em atrofiar o nosso desenvolvimento moral; por outro lado, já percebemos que conseguimos nos fortalecer diante desse mal momentâneo, neutralizando-o sempre que possível com boas ações fraternas, com bons propósitos construtivos, com abnegadas tarefas solidárias coletivas que visem, não a destruição violenta, mas a construção pacífica de nossas etapas experimentais, que nos direcionem essencialmente às nossas vidas morais regenerativas, que seria o início virtuoso das nossas vidas morais superiores. Quando nos predispomos à leitura, a escrita, ao cultivo de outras formas de arte, ou a qualquer atividade que eleve moralmente a nossa consciência, enobrecemos a nossa alma, abrindo um canal, uma fonte inesgotável do conhecimento que Deus destina para todos nós. A luz e perfeição do Criador já se faz presente em nossa essência. Temos apenas que, em nossa caminhada evolutiva, sabermos vê-la, senti-la e usá-la em nosso benefício, e, em benefício do nosso próximo. Não há como evoluirmos sem o auxílio imprescindível do conhecimento. Ele é tão vital ao nosso ser espiritual eterno, quanto à água o é à nossa vida carnal efêmera. O conhecimento vem da inteligência suprema de Deus, que, em sua sabedoria onisciente, nos individualiza espiritualmente, nos transmitindo uma parte relativa de sua inteligência absoluta. Grande é o nosso desafio, portanto, em nosso gradual, lento e contínuo estágio evolutivo, sabermos separar e distinguir o bom do mau conhecimento. Quem estimula o mal em si, pratica o mau conhecimento, absorvendo e irradiando energias e vibrações ruins, negativas, com a prevalência dos maus pensamentos e más ações. E quem estimula o bem em si, exercita o bom conhecimento, absorvendo e irradiando energias e vibrações boas, positivas, com a predominância dos bons sentimentos e boas ações. O ruim pra quem pratica o mau conhecimento é a geração do inferno umbralino na própria consciência hedionda, estagnando-se nos escombros de sua inferioridade evolutiva. E o bom pra quem exercita o bom conhecimento é a construção do céu luminoso na própria consciência salutar, avançando na direção edificante de sua superioridade moral. Desse modo, que possamos a cada novo dia, cultivarmos o bom e saudável conhecimento em nossas interações sócio afetivas, aprendendo a usar a luz da perfeição moral que Deus já destinou para todos nós. Devemos cada vez mais dispor a nossa vontade a serviço das ações virtuosas, tão simples quanto à sabedoria simples de Deus, que, inserido na força das coisas, vai estar incessante, nos amparando, nos abençoando, nos iluminando, e nos direcionando a absorvermos em nossa essência, o melhor, do conhecimento profundo das coisas, para que, paulatinamente, venhamos, em nosso esplendoroso porvir, a sermos contemplados meritoriamente, com a nossa glorificação eterna como seres angélicos, na mais pura e inefável felicidade vivencial, junto com os seres espirituais já moralmente quintessenciados.
Escritor Adilson Fontoura
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