João Domingos
Repórter da Sucursal de Brasília.
Contra o tripé social "casa, educação e saúde", de reconhecido apelo eleitoral, que será o esteio da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, a oposição vai tentar inocular na petista a marca de uma gestão ineficiente e incapaz de atacar a questão da segurança pública.
O tucano Aécio Neves e o governador de
Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, pretendem dizer que podem fazer mais, além
de cobrar ações contra a violência, como se este tema não fosse sensível também
aos Estados. "A presidente Dilma terá de fazer uma campanha na
defensiva", tem dito seguidas vezes Aécio. Tanto ele quanto Campos vão
usar números de suas administrações para dizer que, com eles, a criminalidade
caiu, ao mesmo tempo em que houve avanços na educação e na saúde.
Campos pretende mostrar, por exemplo, que,
quando assumiu o governo, em 2007, Recife era a capital mais violenta do
Brasil. Hoje a taxa de criminalidade caiu 24%. Ele acredita que, no ano que
vem, poderá apresentar a capital de Pernambuco como a mais segura do Nordeste.
Se de um lado Dilma vai insistir no Pronatec,
Campos e Aécio prometem mostrar o quanto a educação avançou quando foram
governadores. O pernambucano dirá que, em seu governo, o Estado construiu a
maior rede de escolas em tempo integral do Brasil. Aécio Neves afirmará que as
escolas de Minas estão entre as melhores do País.
O tucano pretende dizer que, como presidente
do PSDB, nunca defendeu qualquer um dos integrantes do partido envolvidos em
corrupção. "Se alguém se envolveu em ilícitos, terá de pagar. Se tiver de
ser preso, será", anunciou Aécio, em resposta às críticas do PT ao
envolvimento de tucanos no chamado mensalão mineiro e no cartel de trens e
metrôs de São Paulo.
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