quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

CEDO OU TARDE...

A real, a inalterável felicidade em nossa consciência ainda imoral, não está no aqui e agora, mas em nosso porvir existencial, que será conquistada mais depressa ou mais vagarosa, conforme a nossa boa ou má vontade; por enquanto, o que existe, são aprendizados existenciais, estágios evolutivos das almas que vão vivenciando as suas etapas experimentais de desenvolvimento moral; as almas que se comprazem com as más ações (vinculadas aos males imorais), em suas caminhadas evolutivas, experimentam a ilusória, a falsa felicidade; e as almas que se satisfazem com as boas ações (vinculadas aos bens morais), experimentam a inefável, a real felicidade. A falsa nos impele ao mal; a verdadeira nos impele ao bem; provamos das duas porque somos alunos aprendizes, relapsos, inseguros, infiéis aventureiros que não sabem ou não são capazes em definir que caminho seguir; ora seguimos pela senda do mal, ora pela senda do bem, movidos por nossa consciência momentaneamente impura. Entretanto, à medida que amadurecemos, que nos elevamos moralmente, que compreendemos melhor o valor do amor e do bem em nossas consciências, vamos sim, cada vez mais, sentindo em nosso íntimo a sensação agradável do que é realmente ser feliz, ou o estado virtuoso de pureza espiritual, embora a caminhada na direção de nossa depuração moral seja árdua e longa, mas a força das coisas presidida por Deus, nos impele a progredirmos gradual, lenta e continuamente, suportando resignados as adversidades e ao mesmo tempo superando-as perseverando, como o aluno que vai sendo aprovado em seus ciclos educativos, do pré-escolar ao doutorado, que no caso da alma, começa de sua natureza primitiva, e segue progredindo em estados morais de inferioridade, superioridade, até o ápice de seu desenvolvimento moral, quando ela consegue, por mérito próprio, a ser pura de espírito, como os seres angélicos, que já passaram por todos os estágios de vivência evolutiva, e desfrutam, nos reinos espirituais sublimados ou quintessenciados, da tão almejada inefável e inalterável felicidade, que, certamente, cedo ou tarde, todos nós alcançaremos em nossa feliz eternidade.
 
Escritor Adilson Fontoura

Nenhum comentário:

Postar um comentário