quarta-feira, 5 de março de 2014

ARTIGO


“ Não existe, sobretudo numa democracia, um poder constituído decente, se a sociedade que o constitui está indecente “.
No dia da ELEIÇÃO vindoura, que o nosso querido e fraterno povo, não continue sendo conivente com a CORRUPÇÃO. Não continue depositando nas urnas, o seu tão precioso e valioso voto, para eleger e reeleger cidadãos indecentes, imorais, que envergonham e inferiorizam a nossa tão sonhada DEMOCRACIA; que mais parece um anarquismo democrático, um fascismo civil nacionalista, disfarçado em social democracia; que, até agora, só tem beneficiado à minoria elitista corrupta e os seus apaniguados; que se enraízam no poder como se lhe pertencessem, quando, na verdade, pertence ao povo que o constitui; cabendo-lhe substituí-lo, mediante a alternância dos seus representantes, visando tão somente, para quem tenha a aptidão à vida pública, a oportunidade de contribuir com simplicidade, espontaneidade e honestidade, com o bem-estar social do povo. Todavia, lamentavelmente, não é o que ocorre em nossa República Democrática. O nosso povo precisa compreender que numa democracia, a sociedade é mais forte do que o poder por ela constituído. Mas, para que ela seja forte, deve priorizar nas ações sociais políticas a coesão social fraterna, para saber usufruir com tranquilidade emocional e equilíbrio consciencial, do seu poder de soberania popular, absorvendo, exercitando e semeando no meio social em que vive, os princípios básicos de decência, de moralidade. Não existe, sobretudo, numa democracia, um poder constituído decente, se a sociedade que o constitui está indecente. O mal da corrupção, que já se alastra há muito tempo em nossa nação, tão imoral, tão degenerativo, como um cancro incurável, brota silencioso das consciências maldosas dos cidadãos que fazem parte do meio social existente, numa articulação política cínica e perversa, cujo objetivo principal é usar demagogicamente o povo, visando o alcance do poder, para dele não mais querer sair, já que, em nosso país, desde o início de nossa democracia, não existe apenas um ditador comandando tudo, mas uma rede de facções políticas corruptas bem articuladas, bem planejadas, cujas raízes perniciosas estão na vida pública e na vida privada, num total desamor e desrespeito ao conjunto dos vários segmentos sociais, que, afinal, constitui toda a sociedade democrática de nossa nação. O que fazer, então, para reverter, em benefício do bem-estar do nosso povo, esse alarmante caos sócio político já cronicamente instalado e enraizado em nossa democracia, que só faz depreciá-la; que possa fortalecer a sua estrutura de poder soberanamente popular, sobressaindo em suas ações práticas, os princípios morais de igualdade, fraternidade e liberdade? A solução consiste na recuperação da consciência imoral de nossa sociedade. A formação intelectual do nosso povo ainda é muito precária. A educação pública que o Governo oferece é de péssima qualidade. O modelo de desenvolvimento socioeconômico, peca pela forma excludente de socialização dos cidadãos comuns, gerando bolsões crescentes de miséria social em inúmeras zonas rurais e urbanas, estimulando a massa populacional ignorante, a optarem pela violência, pela marginalização, pela depreciação dos valores morais na consciência ainda inferior. Desse modo subversivo de vivência social, surgem os poderes oficiais e não oficiais corruptos, dominando, subjugando, oprimindo e exterminando a sociedade, que vai assim, sendo vítima do seu próprio anarquismo democrático; de sua própria deficiência estrutural; de sua própria ignorância moral. Parece mesmo que a prática assistencialista eleitoreira do governo, em troca do voto obrigatório para se manter no poder, vem produzindo resultados eficazes; numa estratégia política de domínio, de escravização e de alienação de um povo ignorante e condenado a viver das esmolas que o governo lhe doa nos crônicos currais eleitorais; enquanto esse mesmo povo, em submissa subserviência feudal, vai aceitando viver miseravelmente com a consciência alienada, desprovida de intelectualidade, de politização, de cidadania, de moralidade; mas é isso mesmo que as inteligências políticas do nosso país, tão nocivas e contrárias ao bem-estar de nossa sociedade, almejam, para satisfazer as suas vontades orgulhosas, egoístas e fascistas; gerando pão e circo continuamente, para que o povão sacie a fome e se divirta no picadeiro, os nossos corruptos representantes, corjas desprezíveis, com raríssimas exceções, conseguem manter-se no poder, como intransigentes caciques políticos totalitários, desvirtuando os valores decentes e igualitários da social democracia. Certamente, não é esse modelo corrupto, vergonhoso, indecente e imoral, que o nosso querido e fraterno povo deseja, visando o seu bem-estar social. Nesse caso, que todos nós, cidadãos de bem, fortalecidos com as virtudes morais nas consciências, nos irmanemos numa cruzada popular contra as oligarquias dominantes, que contaminam, com as suas práticas políticas corruptas, ilícitas e mesquinhas, todo o bem-estar de uma sociedade, que já definha e agoniza há muito tempo, nos umbrais sociais tormentosos de sua própria indecência moral. Muda Brasil!!! Antes tarde do que nunca, para melhor!!!
Escritor Adilson Fontoura


 

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