Desfaz-se, nuvem,
no céu cinzento,
diante da chuva
que não tarda a cair!
Deixo-me abater
pelo vão lamento
do sol, que, tão
belo, deixa de luzir
por algumas
horas, a tua clara luz
fulgurosa;
esmaecendo a alegria
do dia, cuja
tristeza, já me conduz
ao refúgio de
minha tosca moradia;
onde os versos
que antes compus,
já estão sendo
lidos por amigos leais;
a me trazerem a
paz que me induz
ao conforto dos
gestos sentimentais.
A luz do sol, por
enquanto, diminuta,
não impede,
assim, a pouca alegria
do dia, que vê a
chuva, tão resoluta,
caindo abundante
sobre a terra já fria.
Lava o quanto
antes, tão nobre chuva,
os males
indesejados em minha alma;
clareia o meu eu,
repleto de luz turva,
para que me livre
da vida tão incalma.
E a chuva molha a
terra tão necessitada
das águas
naturais cheias de higienização
fluídica; e a
minha alma, agora saneada
das agruras
cármicas, repleta de emoção
feliz, ouve o
canoro canto da passarada,
saudando o sol em
um novo dia de verão!
Escritor Adilson
Fontoura
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