O povo brasileiro precisa estar bem consciente
na hora de votar. Não vale a pena ficar reelegendo políticos corruptos. O
eleitor não deve temer o novo pra representá-lo. Quem já está no sistema
viciado, não vai deixar de viciar-se, nem em curto, tampouco em médio prazo.
Numa democracia deficiente como a nossa, o povo decide os destinos da nação
mediante o voto direto, apenas na teoria, pois na prática, quem manda e
desmanda é o poder elitista corrupto. O corpo gestor dos três poderes que nos
representa, precisa ser renovado em cem por cento. O essencial é que o nosso
povo se una, numa cruzada libertária em favor de uma democracia decente,
respeitosa e igualitária. A imoralidade em nossa democracia, não está no poder
constituído, está em nossa sociedade que o constitui. Quando um povo é decente,
constitui um poder decente. Quando um povo é indecente, constitui um poder
indecente. Se a nossa justiça é inoperante, obsoleta e corrupta, é porque as
nossas leis jurídicas estão alicerçadas e fortalecidas pelos males que impedem
o amplo, espontâneo e virtuoso exercício da consciência moralizada. Portanto,
todo o mal que contamina a nossa democracia, provém da ignorância moral do
nosso povo, que a constitui. O mal destruidor é combatido pelo bem construtor.
O mal está personificado no ódio, no orgulho, no egoísmo. O bem está
simbolizado no amor, na humildade, na caridade. Uma nova eleição se aproxima.
Que o nosso sofrido povo, inspirado pelo bom senso e pela boa vontade, comece a
cuidar do bem-estar da sociedade da qual faz parte. Comece a renovar a nossa
democracia, a partir da exclusão da vida pública, os nossos representantes que
insistem em depreciá-la, em desrespeitá-la, em desmoralizá-la. Sabemos que em
nossa sociedade existem muitos cidadãos e cidadãs de bem, de caráter benévolo,
de espírito fraterno visando o bem-estar coletivo. Esses homens e mulheres
virtuosos, que estão fora do sistema corrupto vigente, estão em nosso meio
social, aguardando uma oportunidade de serem escolhidos pelo povo, para
transformarem a nossa combalida democracia, num modelo de moralidade pública,
em que povo e poder se amem, se compreendam e se respeitem, prevalecendo desse
modo, o exercício edificante do amor e do bem nas consciências inferiores que
pretendem regenerar-se.
Escritor Adilson Fontoura
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