domingo, 4 de maio de 2014

O DESPERTAR PARA A CONSCIÊNCIA MORALIZADA

O povo brasileiro precisa estar bem consciente na hora de votar. Não vale a pena ficar reelegendo políticos corruptos. O eleitor não deve temer o novo pra representá-lo. Quem já está no sistema viciado, não vai deixar de viciar-se, nem em curto, tampouco em médio prazo. Numa democracia deficiente como a nossa, o povo decide os destinos da nação mediante o voto direto, apenas na teoria, pois na prática, quem manda e desmanda é o poder elitista corrupto. O corpo gestor dos três poderes que nos representa, precisa ser renovado em cem por cento. O essencial é que o nosso povo se una, numa cruzada libertária em favor de uma democracia decente, respeitosa e igualitária. A imoralidade em nossa democracia, não está no poder constituído, está em nossa sociedade que o constitui. Quando um povo é decente, constitui um poder decente. Quando um povo é indecente, constitui um poder indecente. Se a nossa justiça é inoperante, obsoleta e corrupta, é porque as nossas leis jurídicas estão alicerçadas e fortalecidas pelos males que impedem o amplo, espontâneo e virtuoso exercício da consciência moralizada. Portanto, todo o mal que contamina a nossa democracia, provém da ignorância moral do nosso povo, que a constitui. O mal destruidor é combatido pelo bem construtor. O mal está personificado no ódio, no orgulho, no egoísmo. O bem está simbolizado no amor, na humildade, na caridade. Uma nova eleição se aproxima. Que o nosso sofrido povo, inspirado pelo bom senso e pela boa vontade, comece a cuidar do bem-estar da sociedade da qual faz parte. Comece a renovar a nossa democracia, a partir da exclusão da vida pública, os nossos representantes que insistem em depreciá-la, em desrespeitá-la, em desmoralizá-la. Sabemos que em nossa sociedade existem muitos cidadãos e cidadãs de bem, de caráter benévolo, de espírito fraterno visando o bem-estar coletivo. Esses homens e mulheres virtuosos, que estão fora do sistema corrupto vigente, estão em nosso meio social, aguardando uma oportunidade de serem escolhidos pelo povo, para transformarem a nossa combalida democracia, num modelo de moralidade pública, em que povo e poder se amem, se compreendam e se respeitem, prevalecendo desse modo, o exercício edificante do amor e do bem nas consciências inferiores que pretendem regenerar-se.
 
Escritor Adilson Fontoura

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