Reflito solitário
nas calmas horas silenciosas,
acerca das almas apegadas aos restos mortais;
cuidar em confortá-las nas provações penosas,
alegra minha alma junto às lápides sepulcrais.
Quão arredias elas estão nas noites
invernosas,
a vagarem tristonhas pelos cemitérios carnais;
sofrem o horror das desencarnações tenebrosas,
sentindo fome e sede nos corpos
perispirituais.
Junto-me ao grupo dos socorristas abnegados,
para consolar essas almas nos umbrais
infernais;
doamos-lhes os bons sentimentos fluidificados,
para que sofram menos as suas penas morais;
a alma que auxilia os seus irmãos
desencarnados,
mesmo encarnada, eleva-se em bênçãos
espirituais.
Escritor Adilson Fontoura
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