domingo, 5 de janeiro de 2014

AS TUAS BOCHECHAS




As tuas bochechas, meu amor,
Se parecem com duas rosas
Silvestres do campo em flor,
Que, tão suaves e sedosas,

Ornam e aromatizam o teu
Corpo macio sobre a cama,
Na qual, algo nos ocorreu:
O gozo feliz de quem ama.

As tuas bochechas são rosas
Rubras nos jardins de Jesus;
Tão puras, tão maravilhosas,
Estão cheias da divina luz.

Rosas do campo, são as tuas
Faces, que, róseas qual sol
No ocaso, logo me insinuas,
Que o nosso amor no arrebol

Do estio, é mais fervoroso
Do que na frieza do inverno;
Embora seja tão maravilhoso,
Cada instante do nosso eterno

Amor, no inverno ou no verão,
Amar-te é sempre um prazer;
Até mesmo em nossa solidão,
A sentir o nosso bem-querer.

As tuas bochechas tão rosadas,
Adornam de rosas o nosso amor;
Nos céus, os anjos, em clarinadas
Suaves, tocam com esplendor,

A música campesina do nosso
Amor, que, envolto em rosas,
Faz do nosso amor um colosso,
Em tuas bochechas deliciosas
 
Escritor Adilson Fontoura

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