sábado, 15 de fevereiro de 2014

OBSERVANDO A REALIDADE...

Observando a realidade transitória do nosso tempo, entendo que não há em nosso mundo de imperfeição moral, nenhuma relação afetiva pronta, acabada, perfeita. A história do príncipe ou da princesa encantada é real nos mundos moralmente superiores, ilusória, contudo, em nosso mundo ainda inferior moralmente, porque não condiz com a realidade sofrível das nossas experiências afetivas. Como seres espirituais em desenvolvimento evolutivo, sabemos que não temos ainda o devido preparo moral para vivermos uma vida social harmoniosa e pacífica com o nosso próximo, devido aos nossos defeitos morais prevalecerem sobre as nossas virtudes morais. A grande maioria, por ignorância moral, opta por vivenciar o amor mundano, interesseiro, mais vinculado aos prazeres carnais ou bens materiais, dificultando a presença edificante do amor incondicional nas relações afetivas carnais, que eleva a consciência e a vincula à satisfação e exercício dos bens morais nas ações sócio afetivas, tão relevantes e essenciais pro bem-estar físico momentâneo e espiritual eterno de nossa convivência social encarnada e desencarnada. Por outro lado, como alunos aprendizes, deixando de sermos relapsos para sermos aplicados, o bom senso nos diz que devemos todo tempo combater a má convivência, em benefício da boa convivência sócio afetiva, nos vários setores sociais dos agrupamentos humanos. E o grande desafio das almas inferiores, ao se submeterem às encarnações, sobretudo nas relações afetivas familiares, é a tarefa de abnegada tolerância para compreender os males morais que predominam nas consciências, diminuindo-lhes a força de influência negativa, para que, os bens morais sobressaiam construtivos, visando um melhor aproveitamento sentimental, mais conforme ao ajustamento amoroso afetivo das almas que aprendem a evoluir coletivamente; já que foram programadas no plano espiritual superior, para em tal ambiente familiar se reunir, com o fim de resgate coletivo dos débitos cármicos, acumulados nos arquivos espirituais dessas almas que se agrupam, a princípio com boa vontade, antes de encarnar, mas depois que estão vivenciando a encarnação, negam-se em tolerarem-se, deixando de exercer reciprocamente a caridade espiritual nas relações sócio afetivas, principalmente a imprescindível convivência familiar. Além disso, em meio a toda essa dificuldade de adaptação, da tolerância necessária, para que todos possam progredir com saúde psíquica, no servir espontâneo, no auxílio fraterno mútuo, as almas ainda não sabem usar com bom senso, com simplicidade, o livre-arbítrio, a livre escolha, quando optam por vivenciar as suas ações de convivência sócio afetiva. E aqui devo dizer mais uma vez, que os males oriundos do orgulho, do egoísmo e do ódio, até agora tão presentes em nossas consciências inferiores, prejudicam fortemente a predominância dos bens da humildade, da caridade e do amor. Enfim, como alunos (seres espirituais) aprendizes, em nossos estágios transitórios evolutivos, somos passíveis de erros, de faltas, que, no entanto, deverão ser corrigidos com boa vontade, respeitando-se o livre-arbítrio, a livre escolha de cada um de nós. Traçamos os nossos próprios caminhos de melhoria consciencial. E todos nós vamos alcançar em nosso porvir a plenitude evolutiva. Mas esse alcance de inefável felicidade depende da vontade de cada um de nós. Se temos boa vontade, alcançamos mais cedo essa plenitude evolutiva, se não temos, alcançamos mais tarde. Deus, Jesus e os Bons Espíritos têm a paciência, a compreensão, a humildade, a caridade, e o amor eternos para nos esperar. Por enquanto, vamos nos preocupar em nos livrar aos poucos das nossas bagagens impuras, das nossas coisas velhas e ruins, substituindo-as por bagagens puras, por coisas boas e novas, visto que, sempre é bom tempo de nos renovarmos interiormente, de nos preocuparmos com a nossa reforma íntima, que, afinal, é pra isso que estamos aqui: pra deixarmos de ser, seres espirituais inferiores, pra sermos seres espirituais regenerativos, mais próximos, portanto, de nossa superioridade moral.
 
Escritor Adilson Fontoura

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