sexta-feira, 30 de maio de 2014

CARTAS: QUANDO TE CONHECI


Quando te conheci, encantei-me à primeira vista
com o teu belo exterior. Mas eu queria mais. Queria saber
se a tua bela exterioridade, provinha de tua aparente
sensível interioridade. Queria saber se os teus atraentes
atributos corporais femininos, correspondiam à minha expectativa
de que eles simbolizavam o reflexo virtuoso de tua beleza íntima.
Quanto a mim, comecei te seduzindo pela forma como sempre
me aproximo de uma mulher quando pretendo namorá-la:
usando de minha habilidade filosófica poética! Eu sei que é da natureza
da mulher, encantar-se com um homem sensível, inteligente,
galante, sedutor. E é natural que seja assim, quando se trata de troca
de sentimentos afetivos. Mas se a ação sedutora recíproca
não for alicerçada com as boas qualidades morais de ambos,
a relação amorosa jamais terá vida longa; até porque, as virtudes
terão que predominar sobre os defeitos, combatendo-os
com tranquilidade emotiva e estabilidade psíquica, para que a tolerância
mútua possibilite aprendizagem sentimental harmoniosa,
num maravilhoso e cativante laço unitivo de duas almas
enamoradas, nutrindo-se da suavidade sensual dos teus aromas
amorosos, exalados dos carinhos dos teus corações emocionados,
num estímulo natural à libido carnal, motivada pela satisfação sublime
de duas almas afinizadas com as tuas amorosidades espirituais.
 
Escritor Adilson Fontoura




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