domingo, 13 de julho de 2014

ESCREVER ME BASTA!


Qualquer coisa penso, às vezes em fazer;
     Mas quando vou fazer, logo me chateio;
          Pois não queria fazer o que pensei, creio;
               Então faço o que me dá prazer: escrever!
 
             Fiz tanta coisa, mas só com algum prazer;
         O que fiz, sem me aprazer, ocorreu enleio;
     Sim, faço algo, porém escrevo de permeio;
Se não escrevo, sinto o pesar do desprazer.
 
Já não faço tanta coisa. Escrever me basta!
     O pouco que faço é com a luz do amor acesa.
           Se fizer algo sem amar minha vida desgasta.

           Faço o que agrada a minha íntima natureza.
      Se for para escrever, sem nutrir-me do amor
Que emana da escrita, deixo de ser escritor!
 
Escritor Adilson Fontoura
 

 






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