Tão romântico
é a nossa contemplação
no cair da tarde
do crepúsculo solar,
quando Deus completa
o dia para iniciar a noite,
cheia do brilho lunar.
Um momento de sublime
beleza divina, contemplado
pelos nossos olhos enlevados,
que se ocupam em tão
mágico instante, de apreender,
pela introspecção metafísica,
a depuração dos elementos
naturais espiritualizados.
Assim, pelo hábito salutar
de sensibilidade interior,
podemos, tão unidos e felizes,
apreciarmos, eventualmente,
no cair tranquilo da tarde,
o espetáculo de beleza crepuscular
que Deus, todos os dias
nos proporciona. Temos em nosso
íntimo, um mundo espiritual
que simboliza a eternidade
das nossas vidas. O que nos
possibilita, não só, contemplarmos
as belezas celestiais dos corpos
físicos que, temporariamente
nos alojam, mas as vivenciarmos
como almas aladas em nossas
transcendentes viagens astrais.
Não precisamos estar desencarnados
ou desdobrados em sonhos,
para empreendermos os nossos
belos voos espirituais. Basta
fecharmos os olhos carnais
por breve instante, para que
os olhos perispirituais não só
contemplem, mas nos conduzam
espiritualmente, à vivência
momentânea singular da vida
primária que nos espera, após
o desenlace da carne perecível.
Na apreciação vespertina
edificante da beleza crepuscular,
absorvemos em nossas almas
felizes, a unidade harmônica
incessante dos elementos cósmicos;
comungamos com os propósitos
supremos de Deus, preservando
os bens morais em nossas
consciências amorosas; nutrimos
o nosso bem-estar físico e espiritual
do amor sublime, que plenifica
de luz as nossas almas afinizadas
com a pureza astral das hostes
celestiais; e eternizamos em nossas
essências, o sentimento excelso
mais completo que Deus nos Doa
incessante: O Amor!
Escritor Adilson Fontoura
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