quando tão bela te vejo,
e o meu olhar se encanta
com tua atraente feminilidade;
por enquanto é apenas
um sonho, querer-te num
ardente desejo amoroso,
quando te vejo passar,
tão insinuante, revelando-me
tua sensualidade. Você
percebe a minha timidez,
já que, silencioso, admiro
o teu gracejo de fêmea
sedutora, comprazendo-se
em esnobar-me com
leviana impetuosidade;
passando tão próxima
de mim, saúda-me com
um leve sorriso, olhando-me
de soslaio, parecendo
decifrar, pela emoção
do meu arquejo, o quanto
ainda é onírico o meu
querer-te, tão latente
em minha ansiosa vontade.
Quão me apraz, sentir-te
no conforto do sono, em
eventuais sonhos apaixonantes!
Contentando-me no despertar,
em apenas ver-te passar,
sem revelar-te o meu amor;
no fundo você sabe que sou
louco por você; e como eu
queria, que você gostasse
de mim na mesma proporção!
Mas você, decerto, não gosta,
e ainda caçoa do meu
retraimento. Em parte, acho
que você tem razão, porque,
se eu sou o mais interessado
em querer-te, tenho que tomar
a iniciativa, perder o acanhamento
que me impede em dizer-te acerca
dos sinceros sentimentos
que sinto por você. No entanto,
a despeito de você não parecer
tão interessada em mim,
observo que nenhum homem
até agora a corteja, a não ser
eu, em silêncio; e é por isso
que a minha esperança
em querer-te, renova-se
a cada novo sonho amoroso
que tenho com você, embora
a minha timidez ainda seja
um forte obstáculo para
dizer-te o quanto te quero,
te desejo, te amo, quando
vejo-te passar com tão
atraente feminilidade,
diante dos meus olhos
cheios de fascínios por você!
Escritor Adilson Fontoura
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