quinta-feira, 17 de julho de 2014

LIVRE AMAR

Sinto em teu beijo
o frescor matutino
de planta orvalhada,
quando as gotículas
se diluem ante
a presença morna
do sol; mas logo após,
te dou novos beijos
com gosto de rosa
aromatizada, no mesmo
instante em que,
por entre as árvores,
Deus nos presenteia
com a contemplação
de um lindo arrebol.
Deitamos sobre a relva
ainda úmida, e o sol
tépido aquece os nossos
corpos enamorados,
enquanto assistimos
o alarido festivo
dos pássaros movendo-se
em revoada; a natureza
nos brinda, com a rotina
bucólica dos elementos
naturais harmonizados,
nos ensinando como o amor
deve ser vivenciado,
conforme a unidade
coesa emanada da paz
campesina sacralizada.
Não há como não nos
comovermos com a
cumplicidade da natureza,
compartilhando em doação
amorosa do nosso livre
amar. Não há como não
sentirmos o bater
acelerado dos nossos
corações emotivos,
aprazendo-se com o gozo
amoroso das nossas almas
afinizadas. Não há como
não absorvermos,
as energias benévolas
provindas da amena
manhã, acumulando-se
tão fluídicas na essência
do nosso bem-estar.
Não há como não
agradecermos a alma
da natureza,  pela
fraterna acolhida
no âmago das suas
virtuosidades naturais
sagradas. Porquanto,
se queremos bem-amar,
temos que aprender a
nutrirnos, do elo afetivo
divino que eterniza
o amor sublime entre
os elementos naturais.
 
Escritor Adilson Fontoura
 




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