De dia e de noite,
o cavalo se nutre
no verde capinzal.
No silêncio
bucólico da pastaria,
a terra
é quase sempre verde,
e o céu
quase sempre azul,
para quem contempla
com os olhos líricos,
a natureza.
Para o cavalo que pasta,
ora parado,
ora em suaves passadas,
as horas não têm
nenhuma acepção;
e o tempo inexiste,
como na eternidade.
Por isso, arredio,
ele abana o rabo
para tanger as moscas
de seu lombo.
Por isso, arredio,
ele pasta, pasta, pasta,
até o momento
de seu dono
ir procurá-lo,
para, sobre ele,
cavalgar.
Ó que alegria do cavalo,
pastando,
tão belo e tão livre
no campo verde!
Ó como é lindo
ver no cavalo,
a sua destreza
animalesca!
Ó como é saudável
vê-lo nutrido e disposto,
para o deleite
de seu dono!
Há no cavalo,
uma calma
que às vezes,
o homem não a possui.
Há no cavalo,
uma brutalidade
que às vezes,
o homem a possui.
Há no cavalo,
não a inteligência
de saber de si
e das coisas,
destinada
por Deus ao homem.
Mas, o instinto natural,
dádiva também de Deus,
que lhe permite
só sobreviver:
para pastar,
para correr,
para cavalgar,
com ou sem
o cavaleiro!
Escritor Adilson Fontoura
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